Hoje quando fui buscar o Fred no banho fiquei de papo com a garota que dá banho nele e lembrei de uma coisinha que aconteceu, acho que umas 2 semanas atrás.
Estava no supermercado e um homem passou por mim com o filho e deu um “boa noite” para a faxineira que limpava algo que derrubaram no chão.
Até aqui tudo lindo. Mundo que sonho um dia ver.
Mas como a faxineira não respondeu, ele fez o seguinte comentário: Tá vendo filho, aqui é um lugar de pessoas sem educação.
Poxa, pra que esse comentário? Por acaso passou pela cabeça dele que aquela pessoa não está habituada a esta situação? Que pra muitos ela é invisível?
Tenho certeza que não, porque eu fui atrás dele e “dei um puxão de orelha nele”. Num primeiro momento ele não gostou muito e fez cara feia pra mim, mas aí eu continuei no meu blá blá blá, ele me agradeceu, explicou ao filho o que estava acontecendo e foi até a faxineira novamente e cumprimentou-a novamente e dessa vez foi mais assertivo, tanto que ela retornou com um enorme sorriso.
No meu trabalho convivo com essas pessoas invisíveis. A maioria das pessoas simplesmente não enxerga um varredor ou um coletor, aliás não enxergam nem a limpeza, se enxergassem não jogavam tanta porcaria pelas ruas.
Claro que antes eu também não enxergava estas pessoas, a gente sabe que existe mas de uma certa forma, ignora. É muito complexo isso, melhor deixar para os sociólogos.
O que sei é que é ótimo receber um sorrisão destas pessoas, faça, tenho certeza que seu dia ficará melhor.
A moça que vende Yakult quando me vê, atravessa a rua e vem me dar um super abraço, e, eu adoro.
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